Balanced Scorecard


1.       Conceitos Básicos de Balanced Scorecard

1.1.    Relações de equilíbrio na organização
Avaliar o desempenho de uma organização é fator crucial para a melhoria de sua performance. A avaliação de desempenho em áreas estratégicas informa a quantidade e a qualidade do desempenho atual, e identifica onde há necessidade de melhoria e quais são as prioridades.

Um sistema de medição provoca mudanças no comportamento das pessoas, dirigindo suas ações, alterando suas prioridades, reforçando a busca por resultados.

A metodologia utilizada para a avaliação do desempenho será o Balanced Scorecard
BSC –, um sistema gerencial que surgiu, em 1990, a partir dos estudos de Robert Kaplan e David Norton, dois renomados pesquisadores de Harvard.
O BSC representa um sistema gerencial estratégico que estimula melhorias nos processos e resultados por meio do foco estratégico.

O BSC proporciona às organizações um sistema capaz de traduzir a
missão em objetivos estratégicos, e os objetivos estratégicos em um conjunto específico e coerente de indicadores de desempenho.

Dessa forma, a organização pode operacionar o plano estratégico, organizado segundo quatro perspectivas diferentes:

·         Financeira;
·         Do cliente;
·         Dos processos internos;
·         Do aprendizado e crescimento.

1.1.1. Desenvolvimento de estratégia

Para planejar a criação de valor, as organizações desenvolvem estratégias com o objetivo de atingir uma situação futura.

Entretanto, pesquisas mostram que a maioria das organizações tem dificuldades na implementação da estratégia.

Além da dificuldade na implementação da estratégia, as organizações enfrentam, de modo geral, dificuldades para montar um sistema de avaliação de desempenho. É complexo e difícil definir indicadores que melhor representem o desempenho geral da organização, assim como conseguir dados objetivos válidos para a avaliação. As informações necessárias à elaboração de um cenário balanceado têm origem no próprio planejamento estratégico e nas demais informações socioeconômicas do mercado setor.

“Menos de 10% das estratégias formuladas com eficácia foram executadas com êxito.” Revista Fortune

“Na maioria dos fracassos, estimamos em 70% que o problema verdadeiro não seja má estratégia, e sim má execução. Porque os CEOs fracassam.” Revista Fortune

“77% dos executivos acreditam que seus gerentes se dedicam mais à operação do que à estratégia.” Ferramentas & Técnicas de Gerenciamento, Bain & Comp.

1.1.1.1.             Equilíbrio das perspectivas

O BSC fornece a estrutura necessária para a tradução da estratégia em termos operacionais.

Por ser um conjunto de
indicadores financeiros e operacionais, o BSC traduz o equilíbrio das quatro perspectivas – financeira, do cliente, dos processos internos, e do aprendizado e crescimento. Isso proporciona à organização, em curto e longo prazos, uma rápida e abrangente visão do negócio.

Essas quatro perspectivas permitem o equilíbrio de todas as partes interessadas, na medida em que alguns desses indicadores olham para o presente, enquanto outros olham para o futuro...

1.1.1.2.             Equilíbrio proporcionado pelo BSC

Podemos visualizar o equilíbrio proporcionado pelo BSC da seguinte forma:
 

1.2.   Relação de causa e efeito

Toda medida selecionada para um BSC deve fazer parte de uma cadeia de relações de causa e efeito. Essa cadeia termina em objetivos financeiros e representa um tema estratégico para a unidade de negócios. O BSC, utilizado dessa forma, não é um conjunto de objetivos isolados, desconexos ou conflitantes.

Podemos visualizar a cadeia de relações de causa e efeito da seguinte forma:



A relação de causa e efeito está representada pelo fluxo de setas de cor escura. Nesse fluxo, a história da estratégia deve ser contada a partir dos objetivos financeiros de longo prazo, relacionando-os à seqüência de ações necessárias às quatro perspectivas. O objetivo desse processo é produzir o desempenho econômico desejado no longo prazo.

O fluxo das setas de cor clara indica qual o treinamento necessário para os funcionários, como devemos prepará-los para que sejam capazes de atuar nos processos internos.


1.2.1. Fluxo nas quatro perspectivas

O fluxo da relação de causa e efeito fica mais claro quando colocamos o desdobramento dos objetivos da empresa nas quatro perspectivas.

Por isso, chamamos de balanced – balanceado – o ato de garantir que os objetivos sejam desdobrados nessas quatro perspectivas:












Com a utilização do scorecard, o mapeamento das atividades da empresa mostra-se claro e detalhado, possibilitando uma visão organizacional atual e futura, e definindo, de forma objetiva, o caminho a ser trilhado.

Notamos também a interligação de todos os diversos setores da empresa, levando-os a manterem uma perfeita sintonia para o alcance dos objetivos traçados.

Em decorrência disso, qualquer anomalia existente nos setores torna-se de fácil identificação, permitindo a rápida adoção de medidas corretivas.


·         Mapeamento das atividades

Com a utilização do scorecard, o mapeamento das atividades da empresa mostra-se claro e detalhado, possibilitando uma visão organizacional atual e futura, e definindo, de forma objetiva, o caminho a ser trilhado.

Notamos também a interligação de todos os diversos setores da empresa, levando-os a manterem uma perfeita sintonia para o alcance dos objetivos traçados.

Em decorrência disso, qualquer anomalia existente nos setores torna-se de fácil identificação, permitindo a rápida adoção de medidas corretivas.



1.2.2. Articulação da Estratégia

O BSC é uma ferramenta de desdobramento que possibilita...
·         A tradução da estratégia em objetivos operacionais por meio de um sistema de medição;
·         A estruturação do sistema de medição da organização, evitando-se a proliferação de indicadores;
·         O reconhecimento do que é identificado como a síndrome dos indicadores;
·         A comunicação da estratégia;
·         O alinhamento com a estratégia do negócio;
·         O aprendizado estratégico.

A articulação dessa estrutura pode ser visualizada da seguinte forma:

                                              
3. Indicadores de Desempenho

    3.1.    Base dos indicadores

Os indicadores de desempenho têm de ser baseados nos requisitos dos clientes, pois são de suma importância para o negócio.

Os indicadores de desempenho devem ainda:

·         Estar integrados à estratégia e aos fatores críticos de sucesso;
·         Ser quantificáveis;
·         Ter simplicidade e clareza;
·         Ser específicos;
·         Ser de fácil medição e rapidamente disponíveis;
·         Ter baixo custo de implementação;
·         Ser facilmente comparáveis.

3.1.1. Medidas Prioritárias

A primeira medida prioritária se refere à relação cliente/consumidor:
·         Fatia de mercado;
·         Índice de satisfação do cliente;
·         Preço competitivo;
·         Confiabilidade.

A segunda medida prioritária se refere ao
desempenho organizacional:
·         Produtividade;
·         Custo da má qualidade;
·         Porcentagem de sucesso de novos produtos;
·         Valor adicionado por empregado;
·         Retorno de investimento.

3.2.    Importância do sistema

Toda organização percebe a importância de um sistema de medida, e isso deve-se refletir nos princípios básicos da organização. Esse sistema deve apontar ainda como é o desempenho da organização no que diz respeito aos valores relacionados aos stakeholders.

Sem dúvida, todo pequeno sistema de medida considera algo mais do que o estoque e a gerência.  Se isso não ocorre, os outros stakeholders – o cliente, o empregado, o fornecedor, a comunidade – passam a acreditar que a organização os está usando. Hoje temos consciência de que toda organização necessita de um desenvolvimento global, de consenso, de senso de responsabilidade para com todos seus stakeholders.
3.2.1. Feedback aos funcionários

Gerentes experientes sabem que apresentar seu feedback de desempenho a todos os empregados é parte essencial em qualquer processo de melhoria.

Se não os podemos medir, não podemos controlá-los.  Se não podemos controlá-los, não podemos gerenciá-los. É muito simples.  Medidas relacionadas a clientes são importantes.

Contudo, é necessário investigar, com profundidade, por dentro do processo.  Só dessa forma poderemos assegurar que o final da produção será bom, todas as partes do processo estão melhorando e o desempenho, em longo prazo, não foi reduzido.

3.2.2. Articulação da estrutura da empresa

A medição é um fator-chave para o progresso e para a implementação das melhorias. Nesse sentido, um sistema de medida tem de dar conta de todos os elementos importantes do interesse de todos os stakeholders.  Sem medidas seguras, decisões inteligentes não podem ser tomadas.

Formular perguntas nos ajuda a definir qual processo deve ser monitorado e observado. Logo, essa formulação deve ser de tal forma abrangente que nos remeta a uma visão contínua de todo o processo crítico.
3.2.3. Importância vital dos indicadores

Os indicadores de desempenho são vitais para o negócio, pois funcionam como sensores para o líder da organização:
·         Sinalizando-lhe como andam seus fatores e processos críticos;
·         Apresentando-lhe um termômetro para que ele saiba como vai a organização;
·         Apresentando-lhe feedback das ações ocorridas.

ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental – Parte 1

ISO 14001 - Sistema de Gestão Ambiental - Parte 2

PDCA

Pode-se entender o PDCA como uma técnica simples que buscar atender ao controle do processo, podendo ser usada de forma contínua para o gerenciamento das atividades de uma organização. É composto por quatro fases, que vão formar um círculo que são: Planejar, Executar, Verificar e Atuar. Visa a padronização das informações do controle de qualidade, evita erros nas análises, e torna as informações mais acessíveis e fáceis de atender.



Passo 1: Planejamento (P)

Estabelece um plano que pode ser um cronograma, um gráfico ou um conjunto de padrões ou ainda estabelecido com bases nas diretrizes da organização. Quando traçamos um plano, temos três pontos importantes para considerar:
a) Estabelecer os objetivos, sobre os itens de controles;
b) Estabelecer o caminho para atingi-los;
c) Decidir quais os métodos a serem usados para consegui-los.
Definidas essas metas e os objetivos, deve-se estabelecer uma metodologia adequada para atingir os resultados; as metas podem decorrer do plano.

Passo 2: Execução (D)

As tarefas devem ser executadas exatamente como previstas no plano com a coleta de dados para a verificação do processo. Neste caso três pontos são importantes:
a) Treinamento no trabalho do método a ser empregado;
b) Execução do método;
c) Coleta dos dados para verificação do processo.

Passo 3:  Verificação (C) 

A partir dos dados coletados na execução compara-se a meta realizada com a planejada. Verifica-se o processo e avaliam-se os resultados obtidos:
a) Verificar se o trabalho está sendo realizado de acordo com o padrão;
b) Verificar se os valores medidos variaram, e comparar os resultados com o padrão;
c) Verificar se os itens de controle correspondem com os valores dos objetivos.

Passo 4: Atuação corretiva (A)

Etapa onde o responsável pelo processo detecta desvios e atuará no sentido de fazer correções definitivas, de tal modo que o problema nunca mais volte a ocorrer, sendo uma atuação metódica, com ações baseadas nas seguintes hipóteses:
a) Se o trabalho desviar do padrão, tomar ações para corrigir estes;
b) Resultado está fora do padrão, investigar as causas e agir para prevenir ou corrigi-lo;
c) Melhorar o sistema de trabalho e o método.



Ferramentas da Qualidade

A qualidade não pode estar separada das ferramentas estatísticas e lógicas básicas usadas no controle, melhoria e planejamento da qualidade. Essas ferramentas foram largamente difundidas, porque fazem com que o envolvimento no controle de qualidade seja através de seus dados, compreensão da razão dos problemas, e determinação de soluções.
As ferramentas da qualidade devem ser usadas para controlar a variabilidade, que é a quantidade de diferença em relação a um padrão, sendo que a finalidade das ferramentas é eliminar ou reduzir a variação em produto e serviço.
Os objetivos das ferramentas da qualidade são:  

a- Facilitar a visualização e entendimento dos problemas;
b- Sintetizar o conhecimento e as conclusões;
c- Desenvolver a criatividade;
d- Permitir o conhecimento do processo;
e- Fornecer elementos para o monitoramento dos processos.

As ferramentas analisadas a seguir são as mais utilizadas no controle da qualidade, mas não são as únicas. Essas ferramentas são usadas por todos em uma organização e são extremamente úteis no estudo associado às etapas ao fazer rodar o PDCA.
São ferramentas básicas do controle de qualidade que podem ser aplicadas num gerenciamento de rotina dos processos, as seguintes:


Dúvidas - Engenharia de Produção

Gestão da qualidade

Conceito de Qualidade

As 7 ferramentas de qualidade

  As ferramentas estatísticas são usadas na aplicação na melhoria dos processos e resoluções de problemas.
    Dentre os objetivos gerais está em facilitar a todos os membros da empresa, meios simples para a resolução de problemas, que podem ser utilizadas pela totalidade do pessoal da empresa. E estão adaptadas ao trabalho em grupo uma vez que são visualizadas e consensualmente aceitas.
     Embora simples, todas essas ferramentas são poderosas na resolução de problemas de Qualidade. (Clique nos links abaixo para saber melhor das ferramentas)
Outras ferramentas gerenciais


    

Áreas e Sub-áreas

  • Abaixo, segue as áreas e sub-áreas do curso de Engenharia de Produção. Com isso, é possível perceber a gama de opções que esta profissão oferece.
1.         ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO;
2.          LOGÍSTICA
3.         PESQUISA OPERACIONAL;      
4.         ENGENHARIA DA QUALIDADE;
5.         ENGENHARIA DO PRODUTO;     
6.         ENGENHARIA ORGANIZACIONAL;        
7.         ENGENHARIA ECONÔMICA;
8.         ENGENHARIA DO TRABALHO;